terça-feira, 6 de julho de 2010

Mais trabalhadores do canal do Panamá são detidos

Mais trabalhadores do consórcio ítalo-espanhol Grupo Unidos por el Canal, que protestavam por melhores condições trabalhistas e econômicas, foram detidas hoje pela polícia, segundo dirigentes sindicais, que não informaram o número de detidos.

O Grupo Unidos por el Canal está operando a ampliação da via interoceânica do Canal do Panamá e tem entre suas empresas a italiana Impreglio. Ontem os trabalhadores do consórcio entraram em greve em protesto à detenção de dirigentes sindicais.

Saúl Méndez, do Sindicato Único dos Trabalhadores da Construção e Similares, afirmou hoje que "mais uma vez a Polícia Nacional atua de maneira política". Ao menos 29 integrantes da agremiação, que foram detidos na segunda-feira na parte da tarde em um protesto reprimido pela polícia, não tinham recuperado a liberdade até hoje.

Mauricio Nelson, chefe da Polícia Nacional de Colón, informou que os detidos têm que responder pelos "atos de violência" que, segundo ele, cometeram ontem em Puerto Escondido, em Cólon, a 85 quilômetros da capital.

Os trabalhadores, que realizam as obras de ampliação do Canal do Panamá, tinham começado um plano de luta contra a "falta de condições" trabalhistas.

De acordo com a imprensa local, cerca de 150 representantes do Sindicato de Trabalhadores Unidos pelo Canal (UPC) da cidade de Cólon participaram dos protestos. Cerca de 700 pessoas trabalham nas obras de ampliação da via aquática no canal no setor Atlântico e 500 no setor Pacífico.

A ampliação do canal está prevista para ser finalizada em 2014.(ANSA)


por Hellen Martins


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